terça-feira, 2 de outubro de 2007

Edifício Centrocar - 1 Palco para o Futuro


Uma fachada com 98 metros de comprimento, 26 m. de largura 9 m. de altura e um peso total de 1700 toneladas é o cartão de visita da nova sede da Centrocar, que a partir de agora passará a funcionar na zona industrial de Lavra, no Grande Porto.

Esta fachada, composta por 120 placas de betão armado negro, cada uma pesando 14 toneladas e produzidas especificamente para esta obra, funciona como “cenário” para os produtos comercializados por esta empresa que se dedica à distribuição de máquinas industriais para a construção e obras públicas. “O ponto de partida para o projecto foi a criação de um edifício que marcasse um corte com a envolvente, de cariz industrial mais tradicional, numa lógica de gestão integrada com a marca Centrocar”, revela o Arqº Miguel Sousa, do gabinete de arquitectura Arquiporto, que em conjunto com o Arqº Alexandre Teixeira da Silva, constitui a equipa responsável pela concepção do projecto que deu origem ao edifício-sede da Centrocar.

O objectivo passou pela criação de um edifício “menos industrial, expressivo pela sua imponência”, diz Miguel Sousa. O cinza-escuro da fachada principal, para além de estar relacionado com as cores da imagem institucional da empresa, contrasta com o laranja do produto comercializado em exclusivo na Península Ibérica pela Centrocar – as máquinas industriais da marca Doosan – servindo de “palco” não só para o presente, mas também para o futuro desta empresa portuguesa de dimensão internacional.

O terreno onde funciona agora a Centrocar, localizado à face da auto-estrada A28 que liga o Porto a Viana do Castelo, constituiu um dos grandes desafios que se colocaram aos arquitectos na concepção desta obra, a par da conjugação do edifício de escritórios com as oficinas: “A excelente localização do terreno, junto à auto-estrada, confere uma enorme visibilidade às instalações da empresa, pelo que sabíamos desde o início que a fachada teria de ser marcante.” Já no que diz respeito às oficinas, a ideia era resguardar a área oficinal, o que foi alcançado através da construção de uma estrutura em “L”.
O projecto esteve a cargo de uma equipa multi-disciplinar, com ampla experiência em construção para o sector automóvel, constituída pelo já referido Gabinete de Arquitectura Arquiporto, pela empresa de Coordenação e Gestão de Projectos e Obras Enescoord e pela Construtora Ramos Catarino. A obra ficou concluída em Julho e teve um prazo de execução de 12 meses.


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